quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A vida secreta de escritor

Ideias que se transformam em palavras, que testam os nossos sentidos para além das frases, dos parágrafos. Lá se vai uma folha ao vento!
Depois a preferência da palavra, da frase pertence ao outro. Àquele que te lê e revira, através do texto, da fala podendo chegar a analisar e distorcer o discurso. Mas, tudo isso, extrapola as palavras ditas pelo escritor.
Um misto de prazer, inspiração, transpiração que cresce quando o escritor descarrega sua energia criadora na ponta da caneta, nas teclas de sua máquina de escrever. Essa criação pode ser provocada de inúmeras maneiras, uns dizem ser intuição, outros inspiração, com ou sem pesquisa, com ou sem pressão, autodisciplina que aperfeiçoa fluxo dos pensamentos, os movimentos dos dedos das mãos, o olhar, a busca… causando afetos e desafetos, em compassos variados, simples e complexos. Isso depende das associações que cada leitor de si mesmo e do outro pode fazer das coisas ditas do modo mais simples.
O autor e a obra, a obra que identifica o autor, o rastro de criação que chama, atrai o leitor numa relação afetiva própria do diálogo que se inaugura de algum modo. Uns se identificam com o estilo, outros pelos temas, mas seja qual for o interesse há um encontro quiçá marcado num tempo determinado para cada um e por caminhos com múltiplos acessos.

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